O Som do Coração

Tal filme, devido aos falsos cliches mundanos da nossa sociedade, aparenta ser uma grande besteira falaciosa, mas ao contrario: obra profunda, de fato, para os que se interessam pela realeza do sentimento regado a Música. Lançado em 2007, esse filme retrata a história de um garoto de 11 anos (Evan Taylor, interpretado por Freddie Highmore) que passa toda sua infância em um orfanato, sendo fruto de um encontro casual entre dois jovens Músicos, Layla Novacek (representada pela atriz Keri Russell), uma Violoncelista, e Louis Connelly (representado pelo ator Jonathan Rhys Meyers), um Guitarrista, o que faz com que ele desde de cedo desenvolva habilidades musicais. Evan Taylor passa sua infancia no orfanato por decisão do Pai de Layla que, receoso que o neto atrapalhasse sua carreira artística, falsifica a assinatura e autoriza a doação logo após o nascimento, dizendo a sua filha que a criança morrera após o parto. Portador de um dom musical extraordinário e distante de sua família, o menino cresce com o sonho de encontrar seus pais, acreditando que a Música o levará até eles. Com trilha sonora de Mark Mancina, a harmonização sublinha de maneira convincente os principais momentos do filme, ressaltando ainda mais a figura de Highmore em cena – seja esta séria ou descontraída – recebendo indicação ao Oscar por melhor música em 2008.

01 – Main Title [Mark Mancina]
02 – Bach / Break [Steve Erdody and Jonathan Rhys Meyers]
03 – Moondance [Featuring Jonathan Rhys Meyers]
04 – This Time [Jonathan Rhys Meyers]
05 – Bari Improv [Kaki King]
06 – Ritual Dance [Kaki King]
07 – Raise It Up [Jamia Simone Nash and Impact Repertory Theater]
08 – Dueling Guitars [Heitor Pereira and Doug Smith]
09 – Elgar / Something Inside [Steve Erdody and Jonathan Rhys Meyers]
10 – August’s Rhapsody [Featuring Freddie Highmore – Mark Mancina]
11 – Someday [John Legend]
12 – King Of The Earth [John Ondrasik]
13 – God Bless The Child [Chris Botti and Paula Cole]
14 – La Bamba [Leon Thomas III]
15 – Moondance [Chris Botti]

Como visto acima, Jonathan Rhys Meyers integra a trilha sonora em diversas peças. Então em seguida, por ele, ‘Something Inside’.

A figura de Evan Taylor, mais tarde conhecido como August Rush, demonstra o previsivel exemplo de perseverança, não desistencia de sonhos, sempre em busca dos objetivos independente da distância que eles se encontram, conectando isso a Música. Para exemplificar, abaixo alguns dialogos retirados da obra:

Evan Taylort/August Rush (Por Freddie Highmore):

_Ouça! Consegue ouvir?
_A música?
_Eu consigo ouví-la em qualquer lugar.
_No vento… No ar… Na luz. Está ao nosso redor.
_Agente precisa se abrir. Agente só precisa ouvir.

Wizard [Mago] (Por Robin Williams):

_Você sabe o que é música?
_É um lembrete de Deus de que tem alguma coisa além de nós no universo. Ligação harmônica entre todos os seres vivos, em todo lugar. Até nas estrelas.
_Sabe o que tem lá fora?
_Uma série de tons maiores. É um arranjo da natureza governada pelas leis da física, do universo inteiro. Som harmônico, energia pra estar de acordo…

August Rush

Ele (Evan) seguiu a Música com o único objetivo de encontrar seus pais e criou através da Música o caminho de notas que os atrairiam. Já o Mago representa o materialismo do dom musical, a perda de conexão da alma com o universo. Ele tem todas as percepções latentes que Evan tem, ele percebe isto no universo, porém perdeu sua ligação interna consigo mesmo, com a Música, com Deus. Ele ama a Música, mas perdeu seu amor próprio ao transforma-la em um meio de sobrevivência parasitico, lucrando com o talento dos outros. Para encerrar, um trecho musical onde Evan descobre o Violão e começa a tocar e se divertir. A peça foi composta por Kaki King e se chama ‘Bari Improv’. Nota-se o estilo Fingerstyle. Para quem não se lembra, Debulhando o Fingerstyle.

Peace.

Agregando o Beatbox

A Arte do Beatbox está cada vez mais convincente, e irreverente também. Imagine, então, essa Arte disposta na rua para quem quiser se aventurar. Essa foi a ideia Chris Sullivan, também conhecido pela alcunha Shockwave, o Beatboxer de Foxboro, Massachusetts.

Para mais sobre Chris ‘Shockwave’ Sullivan, Shockwavebeatbox. Mas o Beatbox tem pisado por muitos outros lugares além da rua, deixando de ser uma Arte estritamente Urbana, aquela “coisa de rua”. O Violoncelista (que se autodenomina Celloboxer) Kevin Olusola escolheu a peça ‘Julie-O’, de Mark Summer, e deu sua interpretação, introduzindo o beat.

Com esse mesmo intuito o Músico Greg Pattillo gravou um video unindo a polidez da Flauta a precisão do Beatbox para a Associação Nacional de Flauta dos EUA.

Misturas são sempre bem vindas. Abandone os rotulos e aprecie a Música de Alma.

Peace.

Violoncelos do Rock n’ Roll

Stone Bones já tratou sobre a inversão do Rock vs. Classico, mas cada vez mais surgem novos talentos mesclando expressivas canções, o que faz com que seja visto de outra forma, ganhando mais acessibilidade e gerando novas ideias, reinventando a opinião sobre o assunto. Explico, então, com o jovem grupo 2Cellos, formado por Luka Sulic e Stjepan Hause.

Stjepan Hauser e Luka Sulic

Luka formou-se na aclamada Royal Academy of Music em Londres, e Stjepan no Royal Northern College of Music, em Manchester. Ambos (mesmo ainda tão jovens) já rodaram o mundo e ganharam vários merecidos premios com seu talento. O que fazem já é descrito no nome: nada mais é do que dois Violoncelos. Além do repertorio, outro ponto notavel é o expressionismo corporal, o que não se costuma ver em uma sala de concerto. Para apreciar, arranjo de Luka e Stjepan para ‘Welcome To The Jungle’, do Guns N’ Roses.

Seguindo o exemplo, no mesmo formato aparecem outras dois jovens chamados Donny Oliver e Avi Friedlander, atacando com Jimi Hendrix, fazendo uma mistura de ‘Purple Haze’ e ‘Voodoo Child’.

Por fim encerro com uma versão para ‘Little Wing’, uma das minhas canções favoritas, apresentada por Avi Friedlander, em um concerto solo para Violoncelo.

Peace.

Rock Vs. Classico

A Música evolui constantamente. Há seculos atras era possivel classificar todos os Músicos de certa epoca apenas pelo periodo em que eles viviam, devido a semelhança de linguagem. Hoje isso não é mais verdade. Há uma enorme variedade, o que faz com que os compositores do mesmo tempo tenham linguagens totalmente diferentes em plena atividade. Com essa evolução muitas coisas surgiram, entre elas a mescla de estilos. Para horror dos Eruditos mais rigidos, que tentavam preservar esse modo, fundiu-se com maestria o Rock ao Classico. Isso é visto claramente na Opera Rock do Queen, em “Bohemian Rhapsody”. Lançada em 1975, recebeu críticas por não ter apelo comercial e ser muito longa, no entanto, a gravadora bancou a aposta, e o resultado foi estrondoso: primeiro lugar das paradas durante nove semanas consecutivas. Essa fusão ainda continua aparecendo, mas é sempre encarada com surpresa. A fusão pode ser vista das duas partes: Eruditos tocando obras do Rock, e os Roqueiros tocando peças Classicas. Do Classico para o Rock, Concerto de Vivaldi para Quatro Violinos e Orquestra de Rock, e os rapazes Michael (guitarra) e Jason Alexander (bateria) tocando obras de Bach, Beethoven e Vivaldi, como Bach Toccata e Moonlight Sonata.

Do Rock para o Classico, Final Countdown para Violoncelo e Orquestra.

Um caso que retrata bem a mescla é o Apocalyptica, banda Finlandesa formada em 1993 por quatro Violoncelistas (Eicca Toppinen, Paavo Lötjönen, Max Lilja e Antero Manninen) com o intuito de tocar Metallica. Apos a entrada e saida de alguns membros, em 2005 Mikko Sirén o baterista ingressa na banda apos sua participação no disco ‘Apocalyptica’. A banda faz cover de excelentes canções do cenario Heavy Metal, Metallica em especial.

Peace.