Luz da minha vida

Da minha criogenia particular não vejo o tempo passar
Da minha cabeça vejo sonhos
Do corpo: quase sem respirar
Em toda a geometria temporal, não vejo o tempo passar
Da minha cabeça vejo pensamentos
Do corpo: vejo tudo rodar
O tempo, esse eu não vejo – mas ele passa
Meu psicologico diz que é atemporal
Mas cronológico rasga as horas na luz e na escuridão
Sei que Ela esteve aqui
mas o dia ainda nem nasceu outra vez.
Meu psicologico diz que é atemporal
Parece que minha memória resgata décadas em minutos
Enxerga futuras décadas em minutos
Mas os minutos recém completos agora não vejo mais
Não vejo diante de mim, como foi.
Vejo anos atras, de luzes e escuridões
De tempo em tempo a porta se abre a luz brilha
Brilha e convida
Mas a vida também quer aquele brilho
Logo a leva embora para em tempo vindouro voltar
Então, Luz, adentre minha criogenia outra vez
E feche a porta se quiser
Mas peço que fique
E que me leve quando sair.

12 de Setembro de 2011 / Scott C.

Peace.