Kitara – Guitarra Touchscreen

Como foi comentado certa vez no Stone Bones, no artigo Air Piano, os instrumentos estão se renovando, acompanhando a tecnologia. Ou também a renovação do carater estetico ligado ao sonoro, como a Sonic Wind. Há pouco tempo atras esse termo era impensavel na Música, mas finalmente aconteceu. Como a maioria dos aparelhos moveis, a tecnologia touchscreen chegou na Música, e para maior surpresa, chegou para a Guitarra também.

Kitara

Kitara é uma Guitarra, mas apenas na forma de enxergar o instrumento. Na realidade é um dispositivo com interface totalmente digital que oferece diferentes possibilidades sonoras, porém é um som sintetico e logicamente não se compara ao som das cordas, além de questões como a reverberação da madeira. Na busca por um timbre perfeito, guitarristas gastam tempo e dinheiro escolhendo madeiras, ferragens e demais equipamentos para fazer um som de qualidade. Se for levado em consideração que um simples cabo de baixa qualidade já derruba grande parte do som que o instrumento poderia soar, é possivel ver o ‘defeito’ da Kitara. Entretanto esse instrumento aborda distintas aplicações em estúdios, shows (DJs, em especial), Música improvisada, sintetica, eletrônica e mais. A Kitara, lançada pela Misa Digital Instruments em 2011, possui 24 casas (frets), cada uma com um botão sensível ao toque, o que permite maior mobilidade das mãos. Em compensação, ela não tem nenhuma corda. Toda a parte de ataque é executada sobre uma tela touchscreen, de oito polegadas, localizada no corpo do instrumento. A tela, além de simular as cordas e conseguir detectar tanto notas únicas quanto acordes, ainda possui modos diferenciados. Em um deles, por exemplo, o usuário pode produzir efeitos variados a alterá-los usando o esquema de mapeamento de eixos da tela. Ainda possui saída de áudio e MIDI, saída para headphone, sintetizador onboard com vários efeitos programáveis e outros pré-prontos (chorus, delay, wah-wah), mais de cem sons digitais e funciona usando o sistema operacional Linux. A guitarra pode ser encomendada no site oficial do desenvolvedor, e vem em dois modelos: a tradicional, por 849 dólares e a edição limitada, que possui mais recursos, por 2.899 dólares.

Criação de veras interessante com o poder de instigar a mídia por essa tecnologia. Mas o espaço das Guitarras convencionais jamais será derrubado, assimo como a Bateria Eletrônica: jamais substituiu a convencional. Grande parte dos bateristas tem uma, até pela praticidade na hora de ensaios, por causa do fone de ouvido (por exemplo), mas não substituem a convencional.

Peace.

Rowan Atkinson e a Bateria Invisivel

Rowan Atkinson detem uma reputação de prestígio no mundo da comédia, e sem questionar sei que os supostos leitores o conhecem pelo famigerado Mr. Bean, ou talvez da série de TV Britânica ‘The Black Adder’. Mas o que nunca devem ter visto: monólogos e esboços. Enquanto limpava o palco, Rowan Atkinson acabou por deparar-se com um Bateria, porém invisivel, logo ele resolve se aventurar com algumas eventualidades. Enfim, não vou estragar a surpresa! Arquivo retirado do DVD ‘Rowan Atkinson Live!’.

Peace.

Violão a cinco vozes

Recentemente o grupo Walk Off The Earth foi destaque na Interweb devido a um criativo video. Eles, juntamente com a cantora britânica Sarah Blackwood, gravaram um cover da canção “Somebody That I Used To Know”, do belgo-australiano Gotye. Até então, normal. O curioso do video é que todos eles tocam o mesmo Violão, cinco pessoas executando apenas um instrumento.

Interessante como conseguem desenvolver varias vozes no mesmo instrumento. Além da melodia e do baixo, há o carater percussivo, e também detalhes preenchendo a melodia. O grupo Canadense é formado por Marshall (Guitarra, Voz), Gianni Luminati (Baixo, Voz), Taylor (Piano, Voz) e Joel Cassady (Bateria), porém todos eles dominam outros instrumentos. Hoje são uma das poucas e verdadeiras bandas independentes na indústria da Música, sem ajuda de gravadoras, empresários, agentes de reserva ou publicitários. Seu sucesso vai através do boca-a-boca dos fãs dedicados. Para saber um pouco mais sobre o grupo, Walk Off The Earth.

Peace.

Ruslan mãos de baqueta

A piada pronta no titulo do artigo já sugere a principal pista do assunto de hoje. Outra vez falando de superação, surge um jovem Russo de apenas 24 anos chamado Ruslan Nurislamov que, ainda na infancia, perdeu ambos ante-braços. Foram amputados devido a um choque eléctrico que, de tão forte, quase tirou sua vida. Então o suposto leitor pergunta: o que faz de Ruslan Nurislamov, assim como muitos outros citados aqui, um exemplo de superação? Ruslan é baterista!

Ruslan Nurislamov

Ruslan insistiu em seu amor pela Música e hoje faz parte de uma banda chamada Eskimo. Agora surge outra questão: “mas como ele toca?” – o leitor se pergunta. Ruslan prende as baquetas nos braços, conseguindo assim tocar normalmente, como se fosse um percussionista tambolirando um Bongô. Um caso famoso relacionado é o de Rick Allen, baterista da banda Inglesa ‘Def Leppard’ que, em 1984, se envolveu em um grave acidente de carro e teve o seu braço esquerdo amputado.

Rick Allen

Por causa do acidente sofrido por Allen, a banda cencelou vários de seus compromissos, incluindo a participação na primeira edição do Rock In Rio, que viria a acontecer no ano seguinte. Há comentarios que dizem que não foi esse o motivo do cancelamento, mas é a hipotese mais provavel. A banda retornou as atividades em 1987, com a gravação e lançamento do disco “Hysteria”. Rick participou de todo o processo de gravação do álbum. Para isso foi desenvolvida uma bateria especial para o Músico, onde os controles são feitos com o pé esquerdo, em substituição do braço esquerdo. Em 2001, Allen fundou juntamente com Lauren Monroe, a The Raven Drum Foundation, uma ONG que oferece programas educacionais gratuitos que auxiliam pessoas com deficiência.

Magistral exemplo de motivação, e não só pela questão musical, mas sim de vida, pois antes de tocar qualquer instrumento há a necessidade das mãos para outras coisas como se alimentar, vestir, e outras coisas do cotidiano que nem nos damos conta, mas que pera outras pessoas são um grande desafio. Então não reclame do seu viver, mas coloque Música dentro dele.

Peace.

Malabarismo musical

Particularmente falando uma das coisas que mais admiro em um Músico é sua presença de palco, a forma como ele reage ao vivo e a forma como se diverte consigo mesmo enquanto maneja seu instrumento. Para ilustrar o que foi dito trago aos leitores o baterista Steve Moore.

Steve Moore

Também conhecido pela alcunha “The Mad Drummer”, Steve é absurdamente competente naquilo que faz, mas vai além de sua habilidade – O fato que chama atenção é a forma com que toca e a visceral maneira que domina seu instrumento. O fellin’ de um Músico não é ensaiado como passos de uma coreografia. Para exemplificar, abaixo o video da apresentação de Steve com Rick K. and The Allnighters tocando ‘Sharp Dressed Man’, do ZZ Top. Video esse que circulou na Interwebs como “quando o baterista é maior que banda”.

Nesse conjunto chamado Rick K. and The Allnighters, o proprio Rick (frontman da banda) também toca Bateria, fazendo uma grande brincadeira com Steve durante a apresentação, como empurra-lo e entrar no lugar e coisas do genero, o que acaba deixando o show ainda mais divertido. Com influencias como Keith Moon (The Who) e Tommy Lee (Motley Crue) Steve diz que tem esse tipo de comportamento para deixar as coisas mais interessantes, já que o repertorio é basicamente o mesmo. Um exemplo de quem, de fato, se diverte com o que faz. Para apreciar os malabares musicais de um dos montros da Musica Internacional e conhecer melhor seu trabalho: The Mad Drummer.

Peace.

Eletronicos do Rock n’ Roll

Há pouco tempo se falou no Stone Bones em questões roboticas parafusadas na Música. Essa questão volta a aparecer, mesmo que muito breve, com outro exemplo do tecno substituindo o organico com programações que dispensam a presença humana no ato da execução da peça.

EOL Robot Guitar

Agora surge EOL Robot Band com pequenas diferenças da outra citada, The Trons. Eles tocam covers, o que leva a um desafio ainda maior que é executar peças já conhecidas, com ritmo e harmonia formados. Além disso eles não apresentam o carater humanoide que The Trons tentava transmitir com as guitarras penduradas em uma silhueta magra. Essa banda foi criada por um programador de Toronto, Canadá, o YouTuber BD594 que utilizou várias peças eletrônicas antigas. A obra robótica consiste em Violoncello, Bateria, Guitarra, e… um Scanner. Estão ligados à um Linux, conseguindo assim sincronizar os equipamentos para que toquem no ritmo. Uma das obras que despertou o interesse do publico foi o tributo a ‘The Beautiful People’, do Marilyn Manson.

A sigla EOL significa “End of Life” , ou em Portugues “Fim da Vida”, fazendo alusão ao dominio total dos robos sobre a raça humana. Além da versão de uma das canções do Marilyn Manson, outra ainda mais curiosa é a versão de ‘Bohemian Rhapsody’, do Queen.

Peace.