Violão Arboreo

O Stone Bones vive a tratar sobre instrumentos, porém hoje o instrumento dado é apenas em grau estetico. Peter Martin Ureta, hoje com pouco mais de 70 anos, construiu um violão com 7 mil árvores em homenagem à esposa, Graciela, falecida em 1977 aos 25 anos. Esse era um sonho dela, porém nunca levado a frente devido a outras preocupações e planos de Peter.  O La Nación conta que quem começou a fazer o projeto foi a própria Graciela durante um voo sobre as plantações da região. A ideia era homenagear a família com um desenho que a representasse, o que acabou levando à escolha de um Violão, seu instrumento favorito quando ainda viva. O desenho foi cuidadosamente montado após tentativa e erro,  utilizando de diversos tipos de plantas que pudessem resistir aos fortes ventos da região de planície. Para criar a réplica visual do instrumento musical, seus filhos ficaram em fila a uma distância de três metros um do outro, marcando os pontos onde cada espécie seria plantada. Um dos detalhes interessantes da obra vista do céu é o uso de eucaliptos para dar formato às cordas do instrumento, o que dá um tom azulado ao desenho. Já para o corpo foram utilizados ciprestes.   A visão impressiona os pilotos desavisados, como Gabriel Pindek, comandante da companhia aérea Southern Airlines: “É incrível ver um projeto tão cuidadosamente planejado. Não há nada como isso.” Infelizmente o próprio Ureta nunca pôde ver seu trabalho, já que morre de medo de voar.

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Rowan Atkinson e a Bateria Invisivel

Rowan Atkinson detem uma reputação de prestígio no mundo da comédia, e sem questionar sei que os supostos leitores o conhecem pelo famigerado Mr. Bean, ou talvez da série de TV Britânica ‘The Black Adder’. Mas o que nunca devem ter visto: monólogos e esboços. Enquanto limpava o palco, Rowan Atkinson acabou por deparar-se com um Bateria, porém invisivel, logo ele resolve se aventurar com algumas eventualidades. Enfim, não vou estragar a surpresa! Arquivo retirado do DVD ‘Rowan Atkinson Live!’.

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Imitação de timbres

Antes de começar, timbre, para quem não sabe, é a qualidade sonora de instrumento ou voz, o diferente som de diversos instrumentos, embora da mesma altura e intensidade, assim como minha voz e a do suposto leitor são diferentes. Cada pessoa e cada instrumento emite seu proprio som. Mas assim como existem gemeos, irmãos com semelhança fisica, existem timbres parecidos. É algo curioso e chama atenção, atrai o publico, porém não é bom viver na sombra de outro artista. Recentemente dois jovens fizeram sucesso devido a essa semelhança. Primeiro Javier Diaz no ‘Mi nombre es’ (uma espécie de Idolos Chileno) cantando “Yellow Ledbetter” do Pearl Jam, com uma voz muitissimo parecida com a do vocalista Eddie Vedder.

Depois dele, e ainda mais assustador, Marc Martel cantando “Somebody to Love” do Queen. Se fechar os olhos quase pode-se ver o Freddie Mercury indo de lá para cá com o pedestal, se mexendo sem parar. O Queen anunciou recentemente que está montando sua própria banda-tributo para uma turnê em 2012. Para montar a banda, algumas competições foram lançadas na internet, pedindo para que os músicos enviassem seu material para eles avaliassem e, quem sabe, seguirem a banda nessa turnê. Marc, que já participa de uma banda chamada Downhere enviou seu video e surpreendeu a muitos.

Mas isso é mais comum do que se imagina. Rogerio Flausino (Jota Quest) e Landau, Zezé Di Camargo e Eduardo Costa, mas indo mais longe o vocalista Norte-Americano Jack Russell, do Great White, em comparação ao Robert Plant, do Led Zeppelin. No disco “Great Zeppelin: A Tribute To Led Zeppelin” a semelhança é impactante e fica até dificil acreditar que não é o Robert Plant cantando nesse disco. Aprecie a faixa ‘When the Levee Breaks’.

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Instrumentos Incógnitos #14 – Nano Guitarra

No verão de 1997, no Centro de Nanofabricação de Cornell, em Ithaca, Nova York, o estudante Dustin Carr construiu uma ‘nano guitar’. Para quem não sabe, nano é algo de dimensão extremamente reduzida, ou seja, infimo. De uma ponta a outra são apenas 10 mícrons de comprimento, sendo um dos dispositivos mecanicos de silicio mais pequenos do mundo. Em comparação, o diâmetro de um cabelo humano tem 200 microns. Na linguagem cientifica, um mícron é um milionésimo de um metro, um nanômetro é um bilionésimo de metro.

Nano Guitarra

Cada uma de seis cordas da guitarra mede cerca de 50 nanômetros – 100 átomos aproximadamente. Um microscópio de força atômica ataca as cordas, produzindo um som que, como já se pode imaginar, é inaudível ao ouvido humano. Carr usou uma máquina de alta tensão de feixe de elétrons para elaborar a guitarra de corpo sólido a partir de um único cristal de silício. O projeto também é um marco significativo na busca de construção de chips de computador com o tamanho reduzido (mais ainda do que são na atualidade), mais baratos e com menor consumo de energia. Existem dois modelos de Nano Guitarra. Essa citada acima, e outra que é cerca de cinco vezes maior do que sua antecessora, mas ainda exige um microscópio para ser vista.

Nano Guitar - Second model

Suas cordas são feitas de silício, medindo cerca de 12 micrômetros de comprimento e com uma seção transversal de 150 por 200 nanômetros. Estas nanocordas vibram em freqüências 17 oitavas mais altas do que as cordas de uma guitarra normal, algo como 130 vezes mais alto. É claro que o aparato não produz boa música. Na verdade, aos ouvidos humanos, ela não produz música nenhuma: os pesquisadores utilizaram um equipamento eletrônico específico para detectar as vibrações e convertê-las em sons audíveis. Como tocar algo tão pequeno? Utilizando feixes de raios laser. Os pesquisadores observaram que a luz de um laser pode causar oscilações em nanodispositivos que apresentem as características mecânicas adequadas. Sekaric, que desenvolvou esse segundo modelo, utilizou essas características no projeto de sua Nano Guitarra. As cordas são tocadas focalizando-se um feixe preciso de raio laser sobre cada uma das cordas. Quando as cordas vibram, elas criam padrões de interferência na luz refletida de volta, os quais podem ser detectados e convertidos em notas audíveis. Os tons gerados pelas cordas dependem de seu comprimento e não da tensão a que as cordas estão submetidas, como em uma Guitarra comum.

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Air Piano

Não me lembro de ter conhecido uma só pessoa que nunca se divertiu brincando de Air Guitar, Air Drumms ou… Air Xylophone (?) imitando (tentando) o som do instrumento com a boca. Mas até isso ficou para tras. O Airpiano foi criado, sendo um controlador MIDI e Open Sound Control (OSC) inovador. O instrumento permite que o Músico (ou qualquer usuário) acione teclas invisíveis e faders no ar a fim de controlar os elementos na tela para produzir o som desejado. Para quem acompanha o Stone Bones, é algo semelhante ao Teremim, porém com outra tecnologia. Desenvolvido por Omer Yosha, apresenta novidades bastante interessantes e diferentes.

Air Piano

O Airpiano exige que o tocador saiba exatamente onde colocar suas mãos ou gestos para tocar as notas desejadas, o que obviamente é um pouco mais complexo pelo fato de não se ver as teclas. O Airpiano vem com software personalizado para Mac ou PC, que pode enviar mensagens MIDI e Open Sound Control (OSC) para outro software ou hardware. Quando ‘tocada’ uma nota no ar, o software registra as ações e envia mensagens de resposta. No video abaixo, Jo Hamilton demonstra como funciona.

Dados Tecnicos:

São 8 sensores de proximidade de infravermelhos criar até 24 teclas virtuais e 8 faders virtuais; 40 LEDs fornecem fácil orientação e feedback visual; 1 tecla momentânea que permite alternar entre presets diretamente do dispositivo; ¼ conector para usar um pedal de expressão ou de um interruptor de pé; alimentação 9Vdc; USB 2.0; Dimensões: 960 x 160 x 26 mm; Peso: 2,8 kg.

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Vibração das cordas

Qualquer um que tenha desenvolvido uma harmônia na Guitarra/Violão sabe que vibração das cordas é um fenômeno quase mágico, misterioso. Há quem faça uma comparação com um Trem em movimento. Na Zona Rural a xícara de chá de chacoalha no piris: isso é um tipo de vibração. Mas o trilho está vibrando também: segunda vibração. Ele mesmo vibra enquanto se move: terceira vibração. O Trem inteiro está correndo em curvas em ‘S’ em um vale sinuoso. A vibração final, enorme. Da mesma forma, uma corda dedilhada tem muitas camadas diferentes de vibrações acontecendo simultaneamente. A seqüência inteira está se movendo lado a lado, o que cria o tom fundamental que atrai o ouvido humano. Mas as menores vibrações criam tons que são difíceis de serem captados, mas sem eles as cordas do Violão soariam mais como bips eletrônicos, um som “seco”, sem vibração. Todos sabemos da existencia das ondas, mas imaginava-se que eram pequenss, invisiveis a olho nu, imperceptíveis, mesmo quando atrasadas (slow motion). Mas é possivel, sim, e é algo incrivel de se ver. Neste video, por Mike Salovich, o que impressiona é a a grandeza das oscilações.

Ouça essas tão sutis nuances em suas notas de Violão, o som da harmônia tocando discretamente por trás do tom fundamental. Outro rapaz demonstra as oscilações, mas com a vista do interior do instrumento.

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Sonic Wind – Nova visão da Guitarra / 100º Artigo

Iniciei o Stone Bones há nove meses atras sem nenhuma pretenção além de compartilhar minhas Poesias e Arte das mais distintas formas pelas mãos de outras pessoas. Mas hoje o site alcança a centesima postagem e 12 mil olhares em menos de um ano. Fico de veras satisfeito, ainda mais por se tratar de um espaço amador e desconhecido, sem contar que em nosso pais a Arte é minimamente valorizada. Dito isso agradeço ao que passaram aqui, assiduos ou não. Hoje, pela primeira vez na trilha do Stone Bones, comento sobre o meu instrumento: Guitarra Electrica. Não a que conhecemos, mas sim uma versão alternativa desenvolvida por Hector Trevino – Projetista e Construtor de Instrumentos. Essa alteração consiste em uma Guitarra de corpo ‘vasado’, ou seja, oca. De acordo com Hector, oferece mais ressonância e sustentação natural do que as tradicionais Guitarras Eléctricas de corpo sólido. Além disso conta que é equilibrada e confortável. Atualmente está formando sua criação de edição limitada – Vinte peças, custando R$3.000 dólares nos EUA – construída à mão para shows e exposições da guitarra, dando aos guitarristas a possibilidade de experimentá-la. Esse modelo é chamado Sonic Wind, também conhecido por Guitarra de Câmara Aberta.

Hector mostrando duas replicas da Sonic Wind - Prototipo e produto final.

Dados Tecnicos:

A guitarra possui painéis de bordo ligeiramente curvados com o corpo que se juntam para formar uma câmara aberta, e além da ressonância muito elogiada, o projeto também nega qualquer efeito de amortecimento que o corpo pode ter em sustentar a nota com clareza, mantendo o braço da guitarra longe do corpo do guitarrista. Sonic Wind - Vista das extremidades

O braço tem um tensor 2-way regulável e é coberto com um espelho de ébano 1,7 polegadas de largura, com 24 trastes jumbo. Todos os componentes eletrônicos são blindados. Há um captador Seymour Duncan Custom 5 na ponte e um captador de Jazz no braço. Um switch de 5 vias oferece funcionalidade tanto para humbucker como para single coil. As cordas são mantidas no final do corpo por um estandarte de aço inoxidável e especialmente fabricado para a guitarra Sonic Wind, que em seguida passa por uma ponte Tune-o-matic no seu caminho para chegar até as tarraxas da mão. Para mais detalhes tecnicos, informações sobre apresentações e contato: Sonic Wind.

Sonic Wind

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Malabarismo musical

Particularmente falando uma das coisas que mais admiro em um Músico é sua presença de palco, a forma como ele reage ao vivo e a forma como se diverte consigo mesmo enquanto maneja seu instrumento. Para ilustrar o que foi dito trago aos leitores o baterista Steve Moore.

Steve Moore

Também conhecido pela alcunha “The Mad Drummer”, Steve é absurdamente competente naquilo que faz, mas vai além de sua habilidade – O fato que chama atenção é a forma com que toca e a visceral maneira que domina seu instrumento. O fellin’ de um Músico não é ensaiado como passos de uma coreografia. Para exemplificar, abaixo o video da apresentação de Steve com Rick K. and The Allnighters tocando ‘Sharp Dressed Man’, do ZZ Top. Video esse que circulou na Interwebs como “quando o baterista é maior que banda”.

Nesse conjunto chamado Rick K. and The Allnighters, o proprio Rick (frontman da banda) também toca Bateria, fazendo uma grande brincadeira com Steve durante a apresentação, como empurra-lo e entrar no lugar e coisas do genero, o que acaba deixando o show ainda mais divertido. Com influencias como Keith Moon (The Who) e Tommy Lee (Motley Crue) Steve diz que tem esse tipo de comportamento para deixar as coisas mais interessantes, já que o repertorio é basicamente o mesmo. Um exemplo de quem, de fato, se diverte com o que faz. Para apreciar os malabares musicais de um dos montros da Musica Internacional e conhecer melhor seu trabalho: The Mad Drummer.

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