Instrumentos Incógnitos #19 – The Boardwalk Hall Auditorium Organ

O instrumento a ser tratado hoje não é de todo desconhecido pelo senso popular. O que o tras para a série de Instrumentos Incógnitos é sua grandeza magistral. ‘The Boardwalk Hall Auditorium Organ’ é absolutamente o maior instrumento musical já construido, e o mais barulhento também.

Ele leva esse nome devido a sua localização, situado no auditorio de Boardwalk em Atlantic City, nos Estados Unidos. Foi construído entre 1929 e 1932 pela Companhia de Órgãos Midmer-Losh de Merrick, Long Island (NY), possuindo exactos 33,114 tubos, além de varios teclados com disposição de distintas oitavas. Tais oitavas podem ser combinadas pelo organista para criar sons diferentes de modo a colorir a harmonia, como um artista mescla tons de sua paleta quando pintar um quadro, variando de sereno a explosivo. Para especificações tecnicas acesse Boardwalk Hall. Outro orgão fantastico citado pelo Stone Bones foi o Grande Órgão de Estalactite.

Peace.

Instrumentos Incógnitos #17 – Singing Saw

Por mais estranho que possa parecer esse, é sim, um instrumento. Para quem ainda não entendeu, Singing Saw (também chamado de Musical Saw) é um Serrote. Embora alguns considerem o Musical Saw um instrumento popular Americano, acredita-se que seu inicio foi dado em algum lugar no Monte Apalaches, sec. XIX. Mas há varias historias, umas dizendo que veio da Argentina e outras da Rússia. Como antes de tudo é uma ferramenta, pode ter surgido em qualquer lugar onde houvesse Carpinteiros e Madeireiros apartir do sec. XVII, quando foram produzidos em massa serras com lâminas de aço flexível. O fato é que o Mundo descobriu que tal ferramenta pode gerar sons. A Serra fica entre as pernas do Músico, de forma que os ‘dentes’ fiquem para fora, tocando na parte lisa. Em alguns casos há na parte superior um apoio para que seja controlada sua envergadura, deixando a Serra com a forma de “S”, caso contrario o Músico segura em sua ponta. O Singing Saw é tocado com um arco, fazendo com que o instrumento vibre em toda sua extensão, caracteristica de instrumentos Idiofonicos, como a Harmonica de Vidro, já citada aqui. Seu som é estridente, semelhante a uma voz feminina gritando, lembrando também o Teremim, que inclusive foi inspirado no Singing Saw, pois Leo Theremin pretendia recriar o som da Serra eletronicamente. Abaixo Peter Wentworth apresenta a peça ‘The Water is Wide’, juntamente com Gary Nabors (Teclado) e Joseph Kriz (Violão).

Peace.

Instrumentos Incógnitos #14 – Nano Guitarra

No verão de 1997, no Centro de Nanofabricação de Cornell, em Ithaca, Nova York, o estudante Dustin Carr construiu uma ‘nano guitar’. Para quem não sabe, nano é algo de dimensão extremamente reduzida, ou seja, infimo. De uma ponta a outra são apenas 10 mícrons de comprimento, sendo um dos dispositivos mecanicos de silicio mais pequenos do mundo. Em comparação, o diâmetro de um cabelo humano tem 200 microns. Na linguagem cientifica, um mícron é um milionésimo de um metro, um nanômetro é um bilionésimo de metro.

Nano Guitarra

Cada uma de seis cordas da guitarra mede cerca de 50 nanômetros – 100 átomos aproximadamente. Um microscópio de força atômica ataca as cordas, produzindo um som que, como já se pode imaginar, é inaudível ao ouvido humano. Carr usou uma máquina de alta tensão de feixe de elétrons para elaborar a guitarra de corpo sólido a partir de um único cristal de silício. O projeto também é um marco significativo na busca de construção de chips de computador com o tamanho reduzido (mais ainda do que são na atualidade), mais baratos e com menor consumo de energia. Existem dois modelos de Nano Guitarra. Essa citada acima, e outra que é cerca de cinco vezes maior do que sua antecessora, mas ainda exige um microscópio para ser vista.

Nano Guitar - Second model

Suas cordas são feitas de silício, medindo cerca de 12 micrômetros de comprimento e com uma seção transversal de 150 por 200 nanômetros. Estas nanocordas vibram em freqüências 17 oitavas mais altas do que as cordas de uma guitarra normal, algo como 130 vezes mais alto. É claro que o aparato não produz boa música. Na verdade, aos ouvidos humanos, ela não produz música nenhuma: os pesquisadores utilizaram um equipamento eletrônico específico para detectar as vibrações e convertê-las em sons audíveis. Como tocar algo tão pequeno? Utilizando feixes de raios laser. Os pesquisadores observaram que a luz de um laser pode causar oscilações em nanodispositivos que apresentem as características mecânicas adequadas. Sekaric, que desenvolvou esse segundo modelo, utilizou essas características no projeto de sua Nano Guitarra. As cordas são tocadas focalizando-se um feixe preciso de raio laser sobre cada uma das cordas. Quando as cordas vibram, elas criam padrões de interferência na luz refletida de volta, os quais podem ser detectados e convertidos em notas audíveis. Os tons gerados pelas cordas dependem de seu comprimento e não da tensão a que as cordas estão submetidas, como em uma Guitarra comum.

Peace.

O som do Big Bang

É aprazivel e interessante escutar o farfalhar das folhas, o uivo do vento e o chacoalhar da água. Tudo isso é possivel para todos nós. Mas e fatos passados, sons historicos? Até mesmo isso está sendo alcançado. Cientistas recriaram o som pós-Big Bang. Um grupo coordenado pela professora do Pratt Institute, Agnes Moesy, criou um novo estado da matéria – o plasma de quark-gluon – com o auxílio do acelerador de íons pesados relativísticos. O experimento ocorreu no Laboratório Nacional Brookhaven com a finalidade de analisar como se deu o resfriamento da matéria após o Big Bang. Recentemente, os mesmos pesquisadores criaram o som do material de maior temperatura do universo, imitando as condições que originaram a Grande Explosão.

Vista das colisões de íons de ouro no colisor.

O experimento foi realizado a partir da aceleração e colisão de íons de Ouro que durante o processo atingiram a temperatura de quatro trilhões de graus Celsius; recorde de calor alcançado em um equipamento, bem como a média térmica mais alta já relatada. Junto com o experimento, os físicos criaram os sinais sonoros que alguém que estivesse vivenciando o Big Bang teria escutado. O choque das partículas do metal, que se movem na velocidade da luz, quebra os átomos em partes menores liberando uma enorme quantidade de energia. Para determinar o som do evento, os pesquisadores partiram da premissa de que o plasma de quark-gluon possui propriedades de um líquido e dessa forma ondas sonoras deveriam se propagar por esta matéria. Partindo deste ponto estudos sobre evidências de fenômenos acústicos foram realizados com o objetivo de determinar o som produzido pela explosão que originou o universo. Para exemplificar, escute a trilha do Big Bang derivada da expansão da sopa de plasma de Quark-Glúon.

Peace.

Desconcerto #6 – Uriah Heep

Novamente uma edição do Desconcerto tratando sobre eletricidade. Desta vez o incidente cai sobre a banda Uriah Heep, com Gary Thain, baixista da banda.

Uriah Heep

Durante um show em Dallas, nos Estados Unidos, em 1974, Gary Thain (baixista) foi violentamente electrocutado por seu instrumento enquanto tocava, ficando sem ar e consequentemente desmaiado. Tempo depois recobra a consciência, mas ainda atonito. Muitos fãs especulam que esse incidente foi uma das causas da sua morte prematura aos 27 anos. Outro caso aconteceu com Les Harvey, guitarrista do grupo escocês Stone The Crows, que morre eletrocutado ao tocar com as mãos úmidas em um microfone. Outro Músico que morre precocemente aos 27 anos.

Gary Thain

Peace.

Desconcerto #2 – Guns n’ Roses

Guns n’ Roses. Nem precisaria de descrição para saber que é uma banda de recheada de conflitos, também nem precisaria dizer que o conflito tem nome: Axl Rose.

O desconcerto acontece em Missouri, nos Estados Unidos em 1991. Tudo começa com o nosso esquentado amigo Axl atirando-se no público para apanhar um fã que (aparentemente) estava gravando a apresentação. Axl indigna-se pelo fato da segurança local não ter tomado nenhuma providencia, atira o microfone no chão e abandona o palco, seguido pela banda. O publico fica irado e começa, então, um grande tumulto que deixa vários feridos. Por fim Axl é visto como culpado.

Peace.