Improvisando no Metrô

O que o suposto leitor está prestes a assistir é uma verdadeira experiência de Nova York. O que começou como um passeio típico NYC Subway se transformou em um divertido desempenho ao vivo por duas pessoas que nunca se encontraram antes. Quem assume os vocais, além do Ukulele, é Jessica Latshaw.

Após essa canção vagão quis mais, então o grupo momentaneo se inspirou para o encore. Jessica possui um canal no YouTube – JessicaLatshaw – assim como o percussionista que atende pelo usuario Quoom1. Comentario previsivel, mas demasiadamente verdadeiro: A música une as pessoas.

Peace.

Instrumentos Incógnitos #14 – Nano Guitarra

No verão de 1997, no Centro de Nanofabricação de Cornell, em Ithaca, Nova York, o estudante Dustin Carr construiu uma ‘nano guitar’. Para quem não sabe, nano é algo de dimensão extremamente reduzida, ou seja, infimo. De uma ponta a outra são apenas 10 mícrons de comprimento, sendo um dos dispositivos mecanicos de silicio mais pequenos do mundo. Em comparação, o diâmetro de um cabelo humano tem 200 microns. Na linguagem cientifica, um mícron é um milionésimo de um metro, um nanômetro é um bilionésimo de metro.

Nano Guitarra

Cada uma de seis cordas da guitarra mede cerca de 50 nanômetros – 100 átomos aproximadamente. Um microscópio de força atômica ataca as cordas, produzindo um som que, como já se pode imaginar, é inaudível ao ouvido humano. Carr usou uma máquina de alta tensão de feixe de elétrons para elaborar a guitarra de corpo sólido a partir de um único cristal de silício. O projeto também é um marco significativo na busca de construção de chips de computador com o tamanho reduzido (mais ainda do que são na atualidade), mais baratos e com menor consumo de energia. Existem dois modelos de Nano Guitarra. Essa citada acima, e outra que é cerca de cinco vezes maior do que sua antecessora, mas ainda exige um microscópio para ser vista.

Nano Guitar - Second model

Suas cordas são feitas de silício, medindo cerca de 12 micrômetros de comprimento e com uma seção transversal de 150 por 200 nanômetros. Estas nanocordas vibram em freqüências 17 oitavas mais altas do que as cordas de uma guitarra normal, algo como 130 vezes mais alto. É claro que o aparato não produz boa música. Na verdade, aos ouvidos humanos, ela não produz música nenhuma: os pesquisadores utilizaram um equipamento eletrônico específico para detectar as vibrações e convertê-las em sons audíveis. Como tocar algo tão pequeno? Utilizando feixes de raios laser. Os pesquisadores observaram que a luz de um laser pode causar oscilações em nanodispositivos que apresentem as características mecânicas adequadas. Sekaric, que desenvolvou esse segundo modelo, utilizou essas características no projeto de sua Nano Guitarra. As cordas são tocadas focalizando-se um feixe preciso de raio laser sobre cada uma das cordas. Quando as cordas vibram, elas criam padrões de interferência na luz refletida de volta, os quais podem ser detectados e convertidos em notas audíveis. Os tons gerados pelas cordas dependem de seu comprimento e não da tensão a que as cordas estão submetidas, como em uma Guitarra comum.

Peace.

O som do Big Bang

É aprazivel e interessante escutar o farfalhar das folhas, o uivo do vento e o chacoalhar da água. Tudo isso é possivel para todos nós. Mas e fatos passados, sons historicos? Até mesmo isso está sendo alcançado. Cientistas recriaram o som pós-Big Bang. Um grupo coordenado pela professora do Pratt Institute, Agnes Moesy, criou um novo estado da matéria – o plasma de quark-gluon – com o auxílio do acelerador de íons pesados relativísticos. O experimento ocorreu no Laboratório Nacional Brookhaven com a finalidade de analisar como se deu o resfriamento da matéria após o Big Bang. Recentemente, os mesmos pesquisadores criaram o som do material de maior temperatura do universo, imitando as condições que originaram a Grande Explosão.

Vista das colisões de íons de ouro no colisor.

O experimento foi realizado a partir da aceleração e colisão de íons de Ouro que durante o processo atingiram a temperatura de quatro trilhões de graus Celsius; recorde de calor alcançado em um equipamento, bem como a média térmica mais alta já relatada. Junto com o experimento, os físicos criaram os sinais sonoros que alguém que estivesse vivenciando o Big Bang teria escutado. O choque das partículas do metal, que se movem na velocidade da luz, quebra os átomos em partes menores liberando uma enorme quantidade de energia. Para determinar o som do evento, os pesquisadores partiram da premissa de que o plasma de quark-gluon possui propriedades de um líquido e dessa forma ondas sonoras deveriam se propagar por esta matéria. Partindo deste ponto estudos sobre evidências de fenômenos acústicos foram realizados com o objetivo de determinar o som produzido pela explosão que originou o universo. Para exemplificar, escute a trilha do Big Bang derivada da expansão da sopa de plasma de Quark-Glúon.

Peace.

Desconcerto #5

O Desconcerto de hoje vai além de uma banda – um impactante festival. Mas não um qualquer, e sim um dos maiores: Woodstock 99.

O evento foi realizado Nova York, em 1999, como o nome já diz. Trinta anos após o evento que pregou paz, amor e libertação, outro com o mesmo nome é realizado em NY, com o objetivo de viver novamente aquele ambiente agradavel dos anos sessenta. Porém o efeito inverso acontece. As 200.000 pessoas presentes sofreram com o calor escaldante e falta de suporte do lugar que deveria ser oferecida pelo evento. O festival terminou mais cedo por conta de diversos casos de incendios, violencia e estupros, além de criminosos.

Woodstock 99

Peace.

Música embaixo da terra

Recentemente descobri um projeto conhecido por MUNY, que mostra como são respeitados os Músicos que se apresentam nos metrôs de NY. Grande parte do seguinte texto veio do Call It Evil, onde conheci o assunto.

Music Under New York (MUNY) é um projeto que leva Música com qualidade aos usuários de metrô da cidade de NY desde 1985. O projeto realiza audições anuais promovidas pelos membros do MUNY, que é responsavel por selecionar novas atrações para demonstrarem seu talento. Hoje mais de 100 artistas compõem o projeto que realiza aproximadamente 150 apresentações a cada semana, sendo essas distribuidas em 25 locais do sistema de trânsito .

A variedade de estilos é enorme, transitando entre Música Clássica e Samba. As audições de 2011 já começaram e contam com 250 concorrentes, desses apenas um receberá a liberação para suas apresentações. Até um brasileiro busca a vaga.

Nota-se como a mentalidade é diferente, onde o talento não é somente apreciado, mas incentivado.

Peace.