Instrumentos Incógnitos #17 – Singing Saw

Por mais estranho que possa parecer esse, é sim, um instrumento. Para quem ainda não entendeu, Singing Saw (também chamado de Musical Saw) é um Serrote. Embora alguns considerem o Musical Saw um instrumento popular Americano, acredita-se que seu inicio foi dado em algum lugar no Monte Apalaches, sec. XIX. Mas há varias historias, umas dizendo que veio da Argentina e outras da Rússia. Como antes de tudo é uma ferramenta, pode ter surgido em qualquer lugar onde houvesse Carpinteiros e Madeireiros apartir do sec. XVII, quando foram produzidos em massa serras com lâminas de aço flexível. O fato é que o Mundo descobriu que tal ferramenta pode gerar sons. A Serra fica entre as pernas do Músico, de forma que os ‘dentes’ fiquem para fora, tocando na parte lisa. Em alguns casos há na parte superior um apoio para que seja controlada sua envergadura, deixando a Serra com a forma de “S”, caso contrario o Músico segura em sua ponta. O Singing Saw é tocado com um arco, fazendo com que o instrumento vibre em toda sua extensão, caracteristica de instrumentos Idiofonicos, como a Harmonica de Vidro, já citada aqui. Seu som é estridente, semelhante a uma voz feminina gritando, lembrando também o Teremim, que inclusive foi inspirado no Singing Saw, pois Leo Theremin pretendia recriar o som da Serra eletronicamente. Abaixo Peter Wentworth apresenta a peça ‘The Water is Wide’, juntamente com Gary Nabors (Teclado) e Joseph Kriz (Violão).

Peace.

Instrumentos Incógnitos #3 – Harmonica de Vidro

E a serie continua, oh yeah! No terceiro episodio trago o chamado Harmonica de Vidro. Instrumento consideravelmente antigo e (quase) nada conhecido, foi criado em 1761, por Benjamin Franklin.

O sistema é simples, mas não menos interessante. São taças de vidro inseridas levemente uma dentro da outra por ordem de tamanho atravessadas por um eixo, e parcialmente imersas em um recipiente com água. Um pedal é responsavel por acionar o eixo, fazendo as taças girarem. É tocado ao friccionar-se as bordas das taças com os dedos umedecidos de modo a fazer uma escala Diatonica. Do balé “O Quebra-Nozes”, peça do Tchaikovsky – “Fada de Açúcar”.

A Harmónica de Vidro é um exemplo de Idiofone, ou seja, instrumento em que o som é provocado pela vibração do próprio corpo do instrumento, sem haver nenhuma tensão. Outros exemplos que devem ser citados e são conhecidos: Pratos, Triangulo e Maracas.

A Maldição da Harmonica de Vidro

Para os fanaticos em supertições, conta-se uma historia maldita sobre ela. Naquela época a Harmônica de Vidro se tornou o instrumento da moda e o brinquedo preferido de nobres e compositores, como Beethoven, Strauss e Mozart, que tão fascinado ficou que compôs duas Sinfonias pouco antes de morrer para Harmonica de Vidro. Histórias dizem terem sido vítimas da Harmônica outras personalidades como a Rainha Maria Antonieta, que aprendeu a tocar pouco antes da sua morte na guilhotina, e Marianne Kirchgessner que morreu de pneumonia aos 39 anos. A Harmonica de Vidro foi proibida em alguns países pois (supostamente) era causadora de Depressão, Histeria e Loucura. O Musicólogo alemão Friederich Rochlitz descreve a Harmonica de Vidro:

“A Harmonica estimula em excesso os nervos que levam o Músico a uma aguda depressão e, portanto, em um obscuro e melancólico humor que o leva a uma auto-destruição. Se sofre de algum problema nervoso, não deve tocá-la, se está doente não deve tocá-la, se está melancólico não deveria tocá-la”.

Peace.