Instrumentos Incógnitos #17 – Singing Saw

Por mais estranho que possa parecer esse, é sim, um instrumento. Para quem ainda não entendeu, Singing Saw (também chamado de Musical Saw) é um Serrote. Embora alguns considerem o Musical Saw um instrumento popular Americano, acredita-se que seu inicio foi dado em algum lugar no Monte Apalaches, sec. XIX. Mas há varias historias, umas dizendo que veio da Argentina e outras da Rússia. Como antes de tudo é uma ferramenta, pode ter surgido em qualquer lugar onde houvesse Carpinteiros e Madeireiros apartir do sec. XVII, quando foram produzidos em massa serras com lâminas de aço flexível. O fato é que o Mundo descobriu que tal ferramenta pode gerar sons. A Serra fica entre as pernas do Músico, de forma que os ‘dentes’ fiquem para fora, tocando na parte lisa. Em alguns casos há na parte superior um apoio para que seja controlada sua envergadura, deixando a Serra com a forma de “S”, caso contrario o Músico segura em sua ponta. O Singing Saw é tocado com um arco, fazendo com que o instrumento vibre em toda sua extensão, caracteristica de instrumentos Idiofonicos, como a Harmonica de Vidro, já citada aqui. Seu som é estridente, semelhante a uma voz feminina gritando, lembrando também o Teremim, que inclusive foi inspirado no Singing Saw, pois Leo Theremin pretendia recriar o som da Serra eletronicamente. Abaixo Peter Wentworth apresenta a peça ‘The Water is Wide’, juntamente com Gary Nabors (Teclado) e Joseph Kriz (Violão).

Peace.

Transposições

Hoje acontecem processos de transposição e experimentalismo que estimulam a curiosidade. Arranjos para Harpa apartir da Guitarra, ou de um Sintetizador para um Banjo! O Músico Buddy Greene faz algo (quase) impensável: Medleys de Música Classica na Gaita diatonica em C (dó). Geralmente esse instrumento é usado em generos como Blues, o que causa a estranheza. O talentoso Buddy também canta, compõe e, além da Gaita, toca Violão. Para desmonstrar, Senhor Green se apresentou tocando as seguintes peças: ‘Jesu, Joy of Man’s Desiring’ de J.S. Bach (dó), ‘Mozart’s Piano Sonata’ (dó), Rossini’s William Tell Overture (dó), logicamente fazendo determinadas adaptações e utilizando tecnicas como ‘bend’ quando necessario.

Partindo para o lado rustico surge The Cleverlys, uma banda fundada na tradição Bluegrass. Para quem não sabe, esse gênero é uma variação do Country raiz, criado por imigrantes britânicos nos Estados Unidos no início do século XX, com um som, de fato, caipira e rebuscado.

The Cleverlys

A banda faz tributo a Katy Perry, Shaggy, e até Black Eyed Peas, mas o mais curioso foi a versão para o tema do jogo Super Mario, substituindo a linha sintetica por Banjo, Violão e mais. Nas demais canções eles adaptam as letras ao seu vocabulario, o que deixa ainda mais divertido.

Mas não há necessidade de ir tão longe para encontrar tal processo. No Brasil o jovem Jonathan Faganello ganhou prestigio ao executar uma classica canção do repertorio Heavy Metal da banda Iron Maiden, ‘Fear of The Dark’, na Harpa. Jonathan participou do programa Altas Horas, na Rede Globo, e mostrou que é possivel executar uma peça Popular em um instrumento Erudito.

Para encerrar ainda menos usual que os demais! Os que apreciam Música Eletronica se divertem com ela seja onde for, mas certamente não imaginaram escutar clássicos do Daft Punk como ‘One More Time e Around The World’ no teatro.

Trinity Orchestra

Pois essa foi a ideia de uma jovem Orquestra da Irlanda, intitulada Orquestra Trinity, substituindo os sintetizadores e criando uma nova forma de se tocar as obras Eletronicas. Composta por estudantes, executou na integra o álbum “Discovery”, do duo Daft Punk, no Trinity College Dublin’s Exam Hall. Distinta e não usual performance Orquestral gerando surpreendente resultado. Por Orquestra Trinity, ‘One More Time e Around The World’:

Peace.