Azul escuro

Hoje o dia amanheceu azul… mas azul escuro
Que de tão escuro ofuscou os olhares da manhã
Quase não se vê pessoas nas ruas
Só se vê farois acesos com o rasgar da chuva pela luz

E em cada fresta das gotas que caem do céu
Se faz melancolia escancarada em quem chega
Os sorrisos antes estridentes agora se abafam
Todos guardados em seus agasalhos

Não se fala nem com respirações
E os olhares timidos mal se cruzam
Silencio imperado senão pelo gotejar
Esse que risca como um punhal aquele quem carrega a saudade de quem não se vê.
1 de Junho de 2012 / Scott C.

Peace.

Rowan Atkinson e o Piano Invisivel

Como dito anteriormente, Rowan Atkinson é flexivel em seus papeis, e absolutamente criativo, merecendo toda admiração. Este artigo, assim como “Rowan Atkinson e a Bateria Invisivel“, foi retirado do arquivo ‘Rowan Atkinson Live!’. Trata-se das desventuras de um Pianista com um Piano… invisivel! Outra vez não irei estragar a surpresa. Bom divertimento.

Peace.

Desconcerto #13 – Kirk Hammett

Kirk Hammett, guitarrista do Metallica, em um belo e sereno dia resolve fazer um estrondoso solo de guitarra em sua Flying V, e em todo seu extase direciona a guitarra para o publico no pensamento de que eles vão delirar com o mais puro nectar dos Deuses, quando na realidade sua guitarra é tomada e ele, com toda sua sem-gracessa, fica sem saber o que fazer. Até que um Roadie (provavelmente) se arremessa contra o publico como se fosse salvar alguem que caiu em alto mar. Hilario! O trecho faz parte do vídeo “Cliff ‘Em All”, gravado em 12 de agosto de 1983, em Chicago.

Peace.

Coração de Pedra

Ali é o lugar ideal pra quem quiser se esconder e ser mais um na multidão
Ali é onde os homens se abraçam mas na hora de pagar o preço lavam as mãos
Ali é onde todos se encontram mas acabam se perdendo por achar que são invencíveis
Ali não há lugar pra tristeza, pra angústia, pra dor ou pra gemidos inexprimíveis

Deus não habita mais em templos feitos por mãos de homens
Deus não será jamais acorrentado as paredes de uma religião
Deus não habita mais em templos feitos por mãos de homens
Deus não será jamais enclausurado na escuridão de quem ainda tem um coração de pedra

Ali ninguém conhece a essência, tão somente a aparência de viver em comunhão
Ali é onde os loucos se entendem, onde os sábios se prendem ao valor da tradição
Um falso paraíso presente, um fanatismo distante, um Cristianismo sem direção
Ali é onde todos proíbem, onde todos permitem, onde são assim, nem “sim” nem “não”

Que vença, mesmo que haja desavença, todo aquele que repensa
na crença da onipresença de Deus
Sejamos coerentes, transparentes, reluzentes, conscientes,
todos crentes que somos os filhos seus
Na rua, no trabalho, na escola, na loja, na padaria, no posto,
na rodovia, na congregação
Que haja em nós o mesmo sentimento:
que Deus habite em nosso coração!

João Alexandre.

Peace.

Keith Medley e os Instrumentos Encantados

Keith Medley, Compositor e Luthier mestre na fabricação de Violões, passou a maior parte de sua vida adulta criando instrumentos personalizados de muitos Músicos ao redor do mundo, mas seu instrumento mais impressionante foi feito para ele mesmo. Trata-se de um Violão de 27 cordas que, nos dizeres de Keith, foi bastante fácil de se construir, mas dificil de tocar – “Através de dois anos de amarga luta entre mim e estas 27 cordas, decidi que não iriam me derrotar, pois eu tocaria a música que eu ouvi em meu coração”. Se em seu grupo estiver faltando um Violonista, ou até dois, não se preocupe, pois a 27-String Guitar tem o poder de torná-los obsoletos. No video abaixo Keith executa um arranjo que ele mesmo fez para a classica peça “Hall Of The Mountain King”, composta por Edvard Grieg para Peer Gynt em 1875.

Mas a questão é: por que alguém precisaria de um Violão de 27 cordas quando a maioria, na realidade, aparenta fazer muito bem o trabalho com apenas 12, ou até mesmo 6 cordas? Keith diz a Música que ele ouve em sua cabeça é mais do que pode ser tocada em seis cordas, então depois de muitos esboços e noites de contemplação surgiu esse instrumento unico de 27 cordas. Ele afirma que é como tocar três instrumentos ao mesmo tempo, mas que aparentemente não é bom o suficiente já que ele está agora trabalhando em um Violão com 34 cordas.

Peace.

Mãe, a minha

Mãe, dos conselhos sem fim
De sabedoria antecipada
Dos alertas conscientes
Das noites mal dormidas
Mãe, que acanhada ama sem dizer
Ama com o olhar de proteção
Sinto as milhas presentes na cor de sua voz
Mãe, a minha
Que zela, deseja
Cuida e espera
Mãe
Sem ela eu não seria
Por ela eu sou.

8 de Maio de 2012 / Scott C.
Peace.

Pintura musical

Todas as formas de Arte se complementam e somam e intensificam. A Música insere uma expressão dramatica em uma Dança, por exemplo, enquanto a Dança retrata o sentimento lançado pela Música. Com esse intuito Matteo Negrin, Músico Italiano, juntamente com a ilustradora Alice Ninni e Alberto Filippini e Luca Cattaneo da Lab, criaram um vídeo de um gênero batizado de “pintura musical”, em que a partitura de uma canção traz narrativas ilustradas. Matteo é o responsavel pela melodia de Lacrime di Giulietta (ou em Portugues, Lágrimas de Julieta).


O vídeo foi gravado em apenas uma tomada, tendo durado 15 horas, utilizando 12 metros de folhas de papel pintadas. Outras 15 horas foram necessárias para a edição final, em que cada nota pintada está sincronizada com aquela que é tocada. Expressivo resultado.

Peace.

Primeiro três

Já fazem três anos desde aquela tarde serena vista por seus olhos. Consegue acreditar em todo esse tempo? Consegue acreditar que aquele dia nossos corpos se chocaram pela primeira vez na imensidão de um abraço em que eu ainda vivo a lembrança? Os três anos me confessaram que a reciproca é verdadeira, mas quem haveria de duvidar de um encaixe tão perfeito? Cada vez que você se junta a mim rememoro aquela tarde, assim como tantas! Tarde essa onde era tudo novo e desconhecido, mas o futuro era certo, pois esse viu-se pronto quando nossos olhos permearam-se. Enquanto isso o mundo gira para todos os lados. Muitos se foram, muito se perdeu, e muito mudou: nem mais meus longos cabelos em que você se deleitava com brincadeiras existem mais. Mas aquele pulsar do coração continua firme, marcando o ritmo de um amor que veio para nunca mais ir.

1 de Maio de 2012 / Scott C.
Peace.

Instrumentos Incógnitos #17 – Singing Saw

Por mais estranho que possa parecer esse, é sim, um instrumento. Para quem ainda não entendeu, Singing Saw (também chamado de Musical Saw) é um Serrote. Embora alguns considerem o Musical Saw um instrumento popular Americano, acredita-se que seu inicio foi dado em algum lugar no Monte Apalaches, sec. XIX. Mas há varias historias, umas dizendo que veio da Argentina e outras da Rússia. Como antes de tudo é uma ferramenta, pode ter surgido em qualquer lugar onde houvesse Carpinteiros e Madeireiros apartir do sec. XVII, quando foram produzidos em massa serras com lâminas de aço flexível. O fato é que o Mundo descobriu que tal ferramenta pode gerar sons. A Serra fica entre as pernas do Músico, de forma que os ‘dentes’ fiquem para fora, tocando na parte lisa. Em alguns casos há na parte superior um apoio para que seja controlada sua envergadura, deixando a Serra com a forma de “S”, caso contrario o Músico segura em sua ponta. O Singing Saw é tocado com um arco, fazendo com que o instrumento vibre em toda sua extensão, caracteristica de instrumentos Idiofonicos, como a Harmonica de Vidro, já citada aqui. Seu som é estridente, semelhante a uma voz feminina gritando, lembrando também o Teremim, que inclusive foi inspirado no Singing Saw, pois Leo Theremin pretendia recriar o som da Serra eletronicamente. Abaixo Peter Wentworth apresenta a peça ‘The Water is Wide’, juntamente com Gary Nabors (Teclado) e Joseph Kriz (Violão).

Peace.